A aceleração das transformações no cenário corporativo tem redefinido significativamente a forma como as organizações atraem e mantêm talentos. Uma série de mudanças previstas para ocorrer gradualmente ao longo de uma década foi acelerada em menos de três anos. Confira as cinco tendências para o futuro do trabalho para fortalecer a marca empregadora, visando alcançar resultados eficazes na retenção e atração de talentos.
Para Kleber Piedade, CEO da Bondy, falar sobre o futuro do trabalho é falar sobre algo que já começou. “O que chamamos de futuro do trabalho é, na verdade, o que estamos vivendo no presente. A transformação tem sido de maneira tão rápida que é como pilotar um avião que está sendo construído enquanto voa”, avalia. O norte para começar a traçar esse planejamento é entender as cinco principais tendências do momento, listadas abaixo, que já estão sendo aplicadas na prática:
1. Home office, anywhere office ou trabalho híbrido?
Uma das discussões mais populares quando o assunto é trabalho. Mas afinal, como decidir qual é a melhor modalidade para a empresa? Múltiplos fatores podem dar respostas para essa pergunta, desde a cultura organizacional, modelo de trabalho e área de atuação. Determinados setores agora competem em um mercado global de talentos. Um modelo sólido de trabalho remoto pode se tornar diferencial de uma marca empregadora. “Empresas que oferecem flexibilidade e apoio para um ambiente de trabalho virtual estão ganhando a preferência dos profissionais” explica o CEO da Bondy. É preciso levar em conta que implementar uma estratégia de trabalho a distância requer planejamento e sistemas adequados e eficientes, para que o impacto seja positivo tanto em produtividade quanto em retenção de talentos.
2. Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) é uma das tendências mais comentadas quando se fala sobre o futuro do trabalho. À medida que as empresas incorporam a IA em suas operações, ela não apenas otimiza processos, mas também influencia a forma como os colaboradores percebem a organização em termos de marca empregadora. A adoção responsável da IA pode melhorar a eficiência, automatizar tarefas repetitivas e fornecer insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas.
Isso não apenas cria um ambiente de trabalho mais inovador e dinâmico, mas também ressalta o compromisso da empresa com a modernização e o desenvolvimento profissional de seus funcionários, fortalecendo, assim, o employer branding como uma organização que abraça a tecnologia e oferece oportunidades de aprendizado contínuo em um ambiente avançado e em constante evolução. “Empresas que trabalham com sistemas inteligentes se posicionam no mercado como uma marca empregadora atual e inspiradora, um passo à frente das demais”, avalia Kleber.
3. Bem-estar e Saúde Mental
Afastamentos por questões relacionadas à saúde mental do colaborador são considerados hoje mais frequentes e importantes para uma corporação, abrindo espaço para ausências por maiores períodos. A reflexão sobre como a empresa cuida desse aspecto também é fundamental para a cultura organizacional. “Temos uma geração de novos profissionais que buscam companhias que permitam equilibrar trabalho e vida pessoal e que ofereçam recursos para o cuidado da saúde mental,” avalia Kleber Piedade. A falta de cuidado com esse tópico pode levar a consequências irreversíveis para a empresa, desde a imediata perda de grandes talentos até a queda da boa impressão da empresa como um bom lugar para trabalhar.
4. Diversidade, Equidade e Inclusão
A diversidade no local de trabalho já é uma tendência há muito tempo e segue sendo prioridade. As empresas que não olham com atenção para isso, estão um passo atrás. “O compromisso com a igualdade de oportunidades e o respeito pela singularidade de cada funcionário é fundamental para o desenvolvimento de empresas longevas e produtivas”, avalia Kleber. Essa diversidade tende a gerar uma identificação ainda maior com a empresa, podendo criar ambientes ainda mais criativos envolvendo pessoas com deficiência, profissionais de diferentes raças, religiões, idades, classes sociais, assim como orientação sexual, gênero e padrão estético diversos.
5. Autenticidade e Propósito Corporativo
A chegada da geração Z e das futuras ao mercado de trabalho mudou por completo a forma como as empresas se posicionam. Os colaboradores buscam organizações que compartilhem seus valores e objetivos. O executivo destaca que “empresas que comunicam de forma autêntica seu propósito corporativo e seu compromisso com questões sociais e ambientais estão construindo um employer branding sólido. Os profissionais querem fazer parte de algo maior do que apenas um emprego.”
Com várias dessas transformações já em estágio avançado, a construção da marca empregadora é mais importante do que nunca, pois influencia diretamente a capacidade de uma empresa atrair e reter os melhores talentos. Além disso, reduz os custos de recrutamento e aumenta a satisfação e o comprometimento dos funcionários.