Como o trabalho híbrido influencia na marca empregadora retendo talentos e otimizando custos

Mário Verdi*

Nos últimos anos, houve uma crescente busca por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional entre os brasileiros. Uma pesquisa da Randstad revelou que impressionantes 81% dos brasileiros almejam alcançar essa harmonia, superando a média global de 67%. Mas o que está por trás desse desejo tão expressivo? Como isso afeta a retenção de talentos e o turnover de equipes? E o que esse processo traz de controle eficiente de gastos?

Atualmente, as discussões sobre home office e modelos de trabalho híbridos ganharam destaque quando falamos de flexibilidade pessoal-profissional e o employer branding desempenha um papel fundamental. Empresas que promovem um ambiente de trabalho equilibrado e flexível têm maior probabilidade de atrair e reter talentos.

Esse é um dos principais assuntos da Deskbee, plataforma líder em gestão de workplaces, co-realizadora do Employer Branding Insights, o maior evento de inovação, tecnologia e comunicação em Employer Branding organizado pela Spark RH. 

O que no passado era tido como algo distante se tornou mandatório com a pandemia de Covid-19 e, mesmo depois da passagem da crise, permaneceu como sinônimo de qualidade de vida, redução de custos operacionais e manutenção de uma forte marca empregadora.

Um bom exemplo é o caso da Contabilizei, uma empresa de soluções de contabilidade, que se adaptou rapidamente às mudanças impostas pela pandemia. Antes de 2020, cerca de 400 colaboradores trabalhavam diariamente em seus escritórios em Curitiba e São Paulo. Com a pandemia a empresa revisou as modalidades de trabalho e a ocupação física: hoje, atua no modelo misto, com colaboradores presenciais, híbridos e 100% remotos, com mais de 1200 profissionais.

A empresa adotou a plataforma da Deskbee para gestão do workplace: a ferramenta permite fazer reservas no escritório físico, organizar em tempo real a ocupação do espaço e monitorar a produtividade do escritório. Para a Contabilizei, o resultado positivo não foi apenas na relação custo-benefício, mas também na satisfação interna dos colaboradores por meio da flexibilidade de rotina. 

Pesquisas mostram que muitos profissionais não desejam mais trabalhar exclusivamente em um ambiente presencial. Um estudo da consultoria Robert Half revelou que 39% dos entrevistados consideravam pedir demissão se fossem obrigados a retornar ao trabalho 100% presencial. Na outra via, empresas que com o modelo de trabalho híbrido, possuem muito mais facilidade para atrair e reter talentos, com o crescimento da prioridade de trabalhar organizações com essa característica, a fim de equilibrar a vida pessoal e profissional.

Ter uma política de trabalho mais livre é um dos benefícios corporativos mais procurados, em especial por profissionais profissionais mais jovens. Como resultado, as organizações percebem a diminuição dos índices de rotatividade e de absenteísmo, resultando num reconhecimento interno e externo ainda maior.

O consenso geral é que modelos de trabalho flexíveis vieram para ficar. Muitas empresas estão buscando ajustes para oferecer ambientes de trabalho que atendam às necessidades de seus colaboradores. Isso inclui parcerias com espaços de coworking e investimentos em tecnologia para gerenciar escritórios de forma eficiente.

A transição para o modelo híbrido impõe desafios, como a gestão de equipes distribuídas e a escolha das tecnologias certas. No entanto, também cria oportunidades para melhorar processos internos, reforçar a cultura empresarial e garantir o engajamento dos funcionários.

O employer branding desempenha um papel crucial na era do home office e do trabalho híbrido. Empresas que entendem e se adaptam às expectativas dos colaboradores têm maior probabilidade de prosperar e de manter equipes motivadas e produtivas. A chave está em encontrar o equilíbrio certo entre flexibilidade e eficiência, alinhando-se com as necessidades e desejos em constante evolução dos profissionais.

*Mário Verdi é CEO da Deskbee

Sobre a Deskbee

A plataforma nasceu em 2019, ainda com o nome de Desko, buscando viabilizar o escritório do futuro, impulsionado pela transformação para o modelo híbrido de trabalho. Desde então, é a solução que mais cresceu no Brasil, se tornando o líder de mercado. Em 2022, a expansão impulsionou a ida para o mercado internacional, e com isso a mudança de nome para Deskbee. São mais de 400 clientes corporativos, incluindo diversas startups unicórnio, em mais de 1500 escritórios espalhados por cerca de 20 países, como Espanha, México, Chile, Argentina e Estados Unidos.

 

Esse texto é um artigo e expressa a opinião do autor sobre o tema*

Mário Verdi

CEO e Fundador da Deskbee, pai de 3 filhos, designer por formação.

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